Olá, tudo bem?
Dei uma sumida, mas aqui estou novamente! rs
Já me mudei para SP, deu tudo certo com a nova escola da Isabela e da Maria, ambas estão amando as escolas.
Nosso apto está quase pronto, só falta chegar o guarda-roupa, mas já estamos adorando a nova vida em SP.
Estar perto da família é a melhor coisa do mundo, depois de uma temporada longe, a gente passa a valorizar coisas diferentes.
Hoje resolvi falar sobre um preconceito que tenho sofrido. rs
É pelo fato de ter parado de trabalhar fora para trabalhar em casa (sim, ser dona de casa é um trabalho). Eu sou formada, trabalhei em um grande banco americano e quando nasceu minha segunda filha resolvi parar de trabalhar. Primeiro porque tínhamos acabado de mudar para o RJ e lá o custo de vida era bem mais alto e eu não tinha nenhum parente para ajudar, então sair para trabalhar seria ganhar dinheiro para pagar escola e empregada para cuidar das minhas filhas.
Decidi que então eu ficaria em casa com elas, cuidaria de tudo e economizaríamos uma boa grana. Meu marido a princípio foi contra pq ele acha que eu tenho potencial demais para ficar em casa, mas eu falei que ia dar certo e ele topou. Hoje acha que fizemos a melhor escolha, mas a sociedade não.
As pessoas, principalmente mulheres sem filhos, não conseguem entender como eu posso depender do meu marido e ficar em casa cuidando das coisas. Eu digo que eu amo a minha vida, cuido da casa, da roupa, da alimentação deles, ajudo a Isabela com as dúvidas da escola, vou às reuniões escolares, faço o café do meu marido todas as manhãs, passo as camisas dele e a roupa da casa toda. Enfim, não sou inútil e não sou menosprezada por isso dentro de casa. Meu marido é meu maior parceiro, se ele chega em casa e não tive tempo de lavar a louça, ele me ajuda numa boa, assim como eu seguro as pontas quando ele precisa entrar mais cedo ou sair mais tarde.
Hoje também tenho feito alguns artesanatos (scrapbook minha paixão), então divido bem as tarefas de casa e minha nova ocupação, que já tem gerado uma pequena renda, agora com a Maria na escola pretendo dedicar mais tempo a essa nova atividade (em breve posto fotinhos do que ando aprontando).
Outra coisa que me fez escolher ficar em casa, foi o fato de ter trabalhado e feito faculdade com a Isabela bebê, entrei na faculdade grávida e sai quando ela já tinha 4 anos. Foram dias cansativos, dias que eu chegava em casa e não a via acordada, dias em que não ajudei na lição de casa. Não queria repetir com a Maria e nesse tempo que parei de trabalhar, pude me dedicar a ajudar a Isa nas dificuldades que ela teve na escola.
Claro que o dinheiro faz diferença, hoje meu marido consegue bancar a casa sozinho, se não seria diferente e seriamos felizes do mesmo jeito. Tenho certeza!!
E acho que cada um tem que fazer o que o coração manda, a situação financeira permite e respeitar a opinião dos outros.
Um beijo e até a próxima.
